Oi ooooi gente! Hoje eu vim trazer a resenha de Sua Alteza Real, da Rachel Hawkins. Esse é o segundo livro da série Royals, que começou com Como Sobreviver à Realeza. Então, alguns personagens já são conhecidos e eles vem para aprontar um pouco mais. Especialmente a Princesa Flora, que é uma das protagonistas dessa história. E temos também mais uma menina americana na encantadora Escócia. Mas, antes de falar mais sobre essa história, vamos a sinopse…
Millie Quint fica arrasada quando descobre que sua meio-que-melhor-amiga/meio-que-namorada tem beijado outra pessoa. De coração partido e pronta para uma mudança de vida, ela decide levar adiante o sonho de estudar em terras escocesas. Quando consegue uma bolsa em um dos colégios mais exclusivos do mundo, Millie mal consegue acreditar. Apaixonada por tudo o que é relacionado a geologia, ela vê na rochosa Escócia o lugar perfeito para começar uma nova fase de sua vida.
O único problema é sua colega de quarto, Flora, que age como uma princesinha mimada. Claro, ela é uma princesa de verdade. No começo, as duas não se suportam – Flora é tanto esnobe quanto expert em se meter em confusões – mas, quando Millie se dá conta, ela tem outra meio-que-melhor-amiga/ meio-que-namorada. A princesa Flora pode até ser um novo capítulo em sua vida amorosa, mas Millie não quer ser coadjuvante na história de ninguém. As chances de um “felizes para sempre” podem ser poucas, mas isso não significa que elas não existam…
Sua alteza real faz parte da série Royals, que começou com Como sobreviver à realeza, mas os livros podem ser lidos separadamente.
Amelia Quint é apaixonada pela Escócia e, devido a isso, tem o sonho de passar um período por lá. Quando o internato Gregorstoun, que até então era apenas para homens, resolve abrir sua primeira turma para mulheres, ela decide se inscrever. A verdade é que não imaginava que seria aceita, mas ainda sim, foi. Só que ela deixa um pouco o sonho de lado por alguns motivos: a moça não sabe se conseguirá bolsa para estar por lá, cobrindo suas despesas. Mas além disso, o que pesa é que, finalmente, seu crush em Jude, sua melhor amiga, está sendo correspondido. Mesmo sendo avisada por seus outros amigos, de que essa história pode acabar mal, Millie acredita quando Jude diz que elas são um nós.

Mas, quando o ex namorado de Jude volta de viagem, tudo desmorona, já que os dois retomam o relacionamento e Millie descobre de forma aleatória. A decepção com tudo isso, faz com que a adolescente volte a pensar em si e decida correr atrás de uma bolsa e quem sabe consiga ir fazer seu último ano em outro país. São muitas papeladas, muita expectativa e muita preparação, mas no fim, tudo dá certo e a jovem consegue uma bolsa integral e assim, começa a arrumar suas malas, para ir rumo à Escócia e a magia que ela espera encontrar por lá, assim como lugares que deseja conhecer e desbravar.
– Millie, você sabe que isso é só um colégio, né? Isso não é a sua carta pra Hogwarts.
– E você não é uma coruja – eu o lembro -, mas isso é o mais próximo que eu vou conseguir chegar de receber uma carta de Hogwarts na vida, então me dá.
Desde o momento em que chega na escola, ela fica encantada com tudo o que está acontecendo, o uniforme, as tarefas que estão por vir e mais. Só que, ao ter o primeiro encontro com sua colega de quarto ela percebe que a outra menina é nariz em pé, um tanto mimada e logo saem faíscas entre as duas. O que Millie não podia imaginar é que a menina a quem ela já até deu um apelido é simplesmente a Princesa da Escócia. E Flora não vai facilitar em reverter a situação entre as duas. Mesmo não tratando a outra mal, a nobre vai acabar arrastando sua companheira para algumas furadas, enquanto busca a sua saída do internato.

Só que, mesmo se metendo em brigas de bar ou burlando o grande desafio da escola, Flora não será expulsa e sua mãe deixa isso muito claro. Tudo o que ela pode conseguir é receber um castigo, quando sua mãe retirar todos os seus títulos e regalias. E isso, com certeza, não é o que ela quer. Sendo assim, ela se dedica aos estudos e começa uma amizade verdadeira com Millie. A ponto de convidar a americana para alguns eventos que irão apresentar outros lugares e novas experiências.
– Já imaginei como eles exibem esse lugar para os estrangeiros – ele diz.
– Um pouco mais Conto de Fadas, um pouco menos Castelo da Morte.
E, entre diversas tarefas da escola, passeios reais e trocas de algumas confidências, Millie vai começando a se encantar cada vez mais pela Flora, a ponto de saber que sente um crush por uma princesa e que isso não pode dar certo. Até que descobre que seus sentimentos são correspondidos e um clima muito fofo vai surgir entre elas. Só que nem tudo será um mar de rosas, afinal, existe uma realeza, muitos empecilhos e diferenças entre as duas podem colocar em risco tudo o que estão construindo.
Se contar mais sobre a história, quero falar sobre as personagens, começando por Millie. Como não se identificar com uma menina apaixonada pela Escócia? Apaixonada pelo país, pelo internato, por geologia, ir para Gregorstoun é um sonho realizado, que ela quase deixa passar, mas consegue uma bolsa que irá mudar muita coisa. Seu início não é dos mais fáceis, especialmente tendo uma Princesa como companheira de quarto e o fato de tê-la ofendido logo na primeira conversa, mas isso passa. Ela tem um lado inseguro, especialmente no quesito amoroso, afinal, já teve suas decepções, além disso, a discrepância entre ela e Flora, também podem se tornar algo que a deixe com o pé atrás.
– Meu Deus do Céu, Sua Alteza Real – provoco. – Você é um desastre real.
Sobre Flora, já tínhamos tido um vislumbre dela no livro anterior, sentir um pouco de qual seria a sua, mas é aqui que vamos conhecê-la de verdade. Sim, a postura de nariz em pé, dona de tudo, ainda está ali, exalando pelos poros da Princesa. Seu jeito teimoso e determinado também, a cada tentativa de sair do internato, mas, talvez tudo isso seja uma grande casca. Quando ela baixa a guarda, Flora tem um lado doce, que deseja agradar, mesmo sem saber muito bem o que fazer. Tem um jeito humorado, mas também um fardo nas costas, porque é uma representante real e sua mãe quer sempre a perfeição. E isso não é só sobre suas confusões, mas sobre suas decisões, inclusive as amorosas. E ela vai se libertar aos poucos disso.

O que dizer dos coadjuvantes, que tanto amo? Novamente, sou rendida ao Príncipe Sebastian e seu modo rebelde de ser. Mas, aqui ele deixa um lado ainda mais escancarado: o de irmão gêmeo preocupado e que só quer o melhor para a irmãzinha. Ele e Millie se dão bem de cara, rendendo até apelidos entre eles. Os outros Rebeldes Reais aparecem um pouco, causando como sempre. Daisy e Miles, Ellie e Alex também vão dar o ar da graça, mesmo que pouco. Por sinal, de uma garota americana para outra, Daisy vai ser uma ótima companhia. Mas, quem vai se tornar muito importante durante a estadia de Millie na Escócia, é Saks e Perry. Os dois vão se tornar muito amigos da menina na escola, vão protegê-la, estar junto nas confusões e quando for necessário abrir o coração. Os dois são muito queridos e é impossível não sorrir com eles e não desejar ter uma amiga como Saks por perto.
– Eu só falo o que me vem à cabeça – ela diz. – Às vezes é algo agradável, às vezes não é tão legal. Depende, na verdade. Você não deveria levar para o pessoal.
Bom, Royals foi o meu primeiro contado com a Rachel e eu gostei bastante do que ela apresentou. Ambas as histórias são apaixonantes young adult, mas destaco que esse segundo é ainda melhor. Talvez por quê a expectativa estava mais calma? Não sei. Mas com certeza conquistou meu coração. Seus personagens são super cativantes, desde as protagonistas, até os secundários. Até porque, cá estou eu, mendigando esperanças de ver o Príncipe Seb ganhar um livro para chamar de seu. A escrita é bem leve, tanto que as páginas vão passando sem que a gente sinta. Sabe aquele livro para ler numa tarde? É esse aqui. Inclusive, recomendo que seja numa mais friazinha, com um chocolate quente, para entrar bem no clima! Sem dúvidas, estou pronta para ler mais histórias da autora.

A Editora Alt seguiu fazendo um trabalho muito lindinho e encantador. Assim como no primeiro, se o tema em si já não me chamasse atenção, a capa com certeza faria o seu trabalho. *Uma pequena pausa para que, verdade seja dita, isso é um trabalho geral da editora com seus livros*. A ilustração é linda, mas confesso: sigo pensando quem é Millie e quem é Flora aqui. Acho que isso que é o legal haha. Por dentro, os capítulos são numerados e temos partes de textos que representam as postagens feitas em blogs sobre a realeza. As páginas são amareladas, o espaçamento e as letras confortáveis para a leitura.
– Ninguém fala comigo que nem você – ela diz, e reajo com deboche.
– Francamente, Flora, eu acho que isso é cinquenta por cento culpa sua.
Sua Alteza Real é um romance muito fofo, mesmo com a pegada adolescente na escola. Talvez seja a nostalgia desse tempo que tenha me feito gostar tanto. Ainda com uma pegada Gossip Girl da realeza, a história investe pesado em colocar as fofocas de Flora na roda. Dessa vez, o ponto que me incomodou no anterior, foi corrigido. Tivemos Flora e Millie fofinhas, também passando por problemas, mas com o romance acontecendo. Inclusive, queria mais! Deixo minhas cinco Angélicas. E a esperança de que Rachel ainda volte com um livro do Seb.
