Oi ooooi gente! Hoje eu trago a resenha de Daisy Jones & The Six. Livro que vai contar a trajetória de uma banda hiper famosa dos anos 1970, com todos os seus sucessos e problemas. Esse livro é da mesma autora de Os Sete Maridos de Evelyn Hugo e, se eu já estava muito afim de fazer essa leitura, depois de conhecer a escrita da autora, eu não poderia mais perder a oportunidade. E, meu Deus, já posso adiantar o quanto AMEI esse livro?! Dito isso, deixa eu te contar um pouco sobre ele…
Embalado pelo melhor do rock’n’roll, um romance inesquecível sobre uma banda dos anos 1970, sua apaixonante vocalista e o amor à música. Da autora de Em outra vida, talvez?.
Todo mundo conhece Daisy Jones & The Six. Nos anos setenta, dominavam as paradas de sucesso, faziam shows para plateias lotadas e conquistavam milhões de fãs. Eram a voz de uma geração, e Daisy, a inspiração de toda garota descolada. Mas no dia 12 de julho de 1979, no último show da turnê Aurora, eles se separaram. E ninguém nunca soube por quê. Até agora.
Esta é história de uma menina de Los Angeles que sonhava em ser uma estrela do rock e de uma banda que também almejava seu lugar ao sol. E de tudo o que aconteceu ― o sexo, as drogas, os conflitos e os dramas ― quando um produtor apostou (certo!) que juntos poderiam se tornar lendas da música.
Neste romance inesquecível narrado a partir de entrevistas, Taylor Jenkins Reid reconstitui a trajetória de uma banda fictícia com a intensidade presente nos melhores backstages do rock’n’roll.
A história de Daisy Jones e The Six nos é contada através de uma entrevista. Assim como foi com a história de Evelyn Hugo, vamos ver o desenrolar de tudo através de uma grande entrevista, que culminará em um livro. E, será a primeira vez que eles tocarão no polêmico assunto de porquê a banda se separou depois do show de 12 de julho de 1979. Ao fim daquele momento em Chicago, cada um foi para um canto, mesmo com a banda em seu auge.

Primeiro, vamos entender quem é Daisy Jones. Ela é uma pobre menina rica, que não recebia nem um pouco de atenção de seus pais e logo no início da sua adolescência começa a se envolver com o mundo da fama, se tornando uma groupie. E o começo de sua amizade com Simone, sua melhor amiga e a pessoa que esteve ao seu lado durante todos os seus melhores e piores momentos.
Em seguida, teremos a ascensão dos The Six que, na verdade, começou como Dunner Brothers, com os irmãos Billy e Graham. Uns poucos anos depois de iniciarem sua dupla, eles decidiram chamar Waren Rhodes, Pete Loving, Chuck Williams – que viria ser substituído por Eddie Loving mais tarde – e, por fim, Karen Sirko. Assim, estava formada a banda e ganhando seu novo nome. Junto deles, também andava Camila, que era a namorada de Billy e que o apoiou desde sempre.
BILLY: Dava para sentir o microfone vibrar quando as pessoas começaram a bater os pés no chão, e eu pensei: Puta merda, nós viramos astros do rock.
Os The Six começaram a ganhar seu espaço e chamar atenção, até chegarem a Teddy Price e a Runner Records e gravarem seu disco de estreia. Enquanto isso, Daisy, que também andava com várias pessoas do mundo da música, ia se tornando mais ainda uma it girl e acabou assinando com a mesma gravadora. Mas, se a banda estava preparada para ver suas músicas estourarem e trabalhavam bem esse fato, ela não aceitava muito o fato de ser obrigada a fazer o que a gravadora queria, ao mesmo tempo que não tinha boas músicas próprias.

Sendo da mesma gravadora, o destino não ia demorar a trabalhar para que o caminho dessas sete pessoas se cruzassem, junto com uma música de sucesso estrondoso. E, depois de um crítica positiva, é formada Daisy Jones & The Six. Então, vamos acompanhar todo o processo de criação de letras e melodia. Mas, não só isso. Como todos os problemas que cada um deles irá passar, seja dificuldade para aceitar a opinião dos outros, o mundo das drogas e álcool e, até mesmo, uma paixão não correspondida. Tudo o que vai acumulando para que resulte no fim repentino e sentido dessa banda, que exala química a cada vez que Daisy e Billy abrem a boca.
KAREN: Sabem quando as pessoas falam que tem gente que faz você se sentir a única pessoa que existe no mundo? Billy e Daisy são assim. E faziam isso também um com o outro. Quando estavam cantando, era como se fossem as únicas pessoas no mundo. Era como ver duas pessoas que nem se davam conta de que tinham uma plateia assistindo.
Eu tentei falar o mínimo possível sobre a trama, fazendo um apanhado muito geral sobre o que podem encontrar pelas páginas. Mas, isso não chega nem um pouquinho perto da maravilha que esse livro é. É incrível como viajamos mesmo com eles. Temos vários diversos pontos importantes sendo abordados, desde abuso de substâncias, abortos e o quanto o sucesso pode colocar a vida pessoal em risco. A história não vem para mostrar personagens perfeitos. Muito pelo contrário, vem nos mostrando cada defeito que eles têm, mas isso molda cada vida ali. Inclusive, acho que isso que os tornou tão reais para mim, tão perfeitamente imperfeitos. Não seria muito crível uma banda de rock com zero problemas.

No quesito personagens, temos um bom número deles, afinal, não só os sete da banda, mas temos a esposa de Billy, a melhor amiga da Daisy, jornalistas, empresário e por aí vai. E, apesar de um grande número, nenhum deles fica perdido ou sem ter sua própria personalidade ou narrativa. Mas, preciso destacar os meus cinco favoritos. Começando com a Daisy em pessoa. Durante vários momentos, fica claro quantos gritos de ajuda ela dá. Desde o começo de sua vida foi deixada de lado pelos pais, começou o abuso de substâncias muito cedo, mas Daisy também grita carisma e talento. Isso ela tem pra dar e vender, principalmente quando se dedica. Além disso, acho muito incrível como ela se posiciona como mulher e como não liga para a forma que ela é encarada. Ela usa suas blusinhas sem sutiã e shorts curtos porque quer, entende que o corpo é dela e não dos outros. Então, é compreensível todo o fascínio pela figura.
DAISY: Eu sinto muito calor, sempre senti. Não vou ficar derretendo de suor só para não constranger os homens. Não é minha responsabilidade controlar o tesão de ninguém. É responsabilidade de cada um não ser um babaca.
A grande voz do The Six é de Bily Dunne e é impossível não cair nas graças e no charme do grande vocalista. Assim como sua companheira na música, ele também passou por um período de abuso de drogas e álcool, mas quando isso ameaçou tudo para ele, buscou ajuda. Ele é outro talento nato, seja para cantar ou para escrever as canções. Seu maior defeito, para mim, é ser tão perfeccionista, que acaba interferindo até mesmo no trabalho dos outros membros na banda e quer que apenas as suas ideias sejam seguidas. Ele tem seus duros embates com Daisy, talvez, por serem tão iguais. E, como dizem que por ao lado de um grande homem, está uma grande mulher, Billy trás Camila como sua grande musa e esposa. Camila é maravilhosa. Eu não esperava amar tanto uma personagem que não fizesse parte da banda, como eu amo essa. Ela é super importante, é um verdadeiro norte ao Billy. Além do que, deixa claro que nunca vai parar de lutar com ele ou por ele. Dá todo apoio do mundo para que ele realize seus sonhos, cuida da família e tem conselhos para os outros, que podem ajudar muito.

Também temos Graham. Ele é um dos pilares da banda e tem o irmão mais velho, Billy, como um grande herói. Ele tem um jeito mais descontraído e leve do que o outro Dunne. Ele tem um romance escondido com outra membro da banda, a tecladista Karen Sirko. E, quando digo que é escondido, é escondido mesmo. Karen não quer que as pessoas saibam desse romance, para que ele não seja falado e o foco em sua carreira não seja desviado. Ela tem posições muito importantes também sobre o papel da mulher e como seus comportamentos são vistos pela sociedade. Ela vai levantar uma das discussões mais importantes do livro.
GRAHAM: Daisy e Billy tinham um lance que não rolava com mais ninguém. E quando eles cantavam juntos, quando se envolviam um com o outro… Era esse o motivo de todo o frisson em torno de nós. Quando isso acontecia, a gente sentia que o talento deles compensava todo aquele drama.
Eu já tinha me tornado fã da escrita de Taylor Jenkins Reid lá no livro de Evelyn Hugo. Mas, com esse, o meu amor aumentou absurdamente. Novamente, ela nos trás a ideia de uma biografia fictícia, para contar a história de sucesso por trás dos personagens título, com uma extensa entrevista com vários envolvidos com a banda e dividido por fases. Tenho que admitir que a fórmula é certeira e perfeita. Inegável que esse enredo também nos prende da primeira a última página, enquanto vamos devorando tudo o que nos é contado, todas as visões diferentes sobre a mesma situação, tentando imaginar como era uma reunião dessa banda. A história é muito fluída, nos faz sentir raiva, pena, amor, tristeza, alegria e outras tantas emoções. É para abalar as nossas estruturas. Assim como no primeiro livro que li da autora, me peguei desejando que cada um desses seres fictícios fossem reais. Seja na época dos anos 1970, onde eu gostaria de já existir e assistir a turnê ‘Aurora’, ou por agora, onde poderia conversar com suas versões mais velhas. Tenho mais um livro favorito de TJR e eu já estou ficando mal acostumada. Aah, também AMO o fato da gente pode ler as letras de todas as faixas de Aurora. Eu só queria poder já escutá-las. O que vai ser possível com o lançamento da adaptação.

Já que falei da adaptação, me deixe dar algumas notícias sobre isso também. A trama será transformada numa mini série de 12 episódios para o Prime Video, ainda sem previsão de lançamento, já que, devido a pandemia, as gravações ainda não começaram. Mas, o elenco já começou a ensaiar. Falando nele, quem assume o papel da icônica Daisy Jones é Riley Keough. Já Billy Dunne será feito pelo meu amadíssimo Sam Claflin. A produção fica por conta de Reese Witherspoon, que amou o livro, desde que o escolheu para o seu Clube de Leitura. Niki Caro, responsável pelo live action de Mulan, irá dirigir alguns episódios. As músicas do disco Aurora serão disponibilizadas, exclusivamente, no Amazon Music.
NICK HARRIS: Daisy Jones & The Six nunca mais tocaram juntos e nunca mais foram vistos juntos, desde aquele show no Chicado Stadium.
No quesito diagramação, temos a capa original, com leves alterações. Falando nela, não posso deixar de comentar como a modelo me lembra a atriz Dakota Johnson. Com isso, mesmo já sabendo que Riley assumiria o papel, fiquei com a Dak em mente o tempo todo haha! Por dentro, simplicidade em páginas amareladas, com letra e espaçamento confortáveis para a leitura. Como é uma grande entrevista para o livro fictício, temos uma sinalização como entrevista, pontuando quem está dizendo aquele trecho. Além disso, quando comentam sobre trechos das músicas, as traduções estão no rodapé. E, para finalizar, as letras e traduções do meu novo disco favorito, mesmo que eu nem tenha escutado ele ainda.

Daisy Jones & The Six roubou meu coração e sacramentou uma autora favorita. Eu simplesmente devorei essas páginas, me emocionei e viajei para a onda sexo, drogas e rock’n’roll dos anos de 1970. Daisy é mesmo uma personagem que exala carisma, enquanto Billy transpira paixão. Se eu pudesse, pediria para a Fada Azul transformá-los em carne e osso. Não posso deixar de dar cinco Angélicas e todo o meu amor. Ah, nem posso negar o fato de que Taylor Jenkins Reid me deu um segundo livro favorito.
