Resenha ‘A Rosa e a Adaga – Renée Ahdieh’

Oi ooooi gente! Hoje eu vim trazer a resenha do segundo livro da duologia que me conquistou. Semana passada eu falei de A Fúria e a Aurora e agora chegou a vez de falar sobre A Rosa e a Adaga. Tivemos um final de partir o coração e muitas revelações. Vou tentar ao máximo não fazer muitas revelações sobre o livro anterior, prometo. Então, sem mais enrolações, vamos lá…

A esperada continuação de A fúria e a aurora, inspirado no clássico As mil e uma noites Sherazade chegou a acreditar que seu marido, Khalid, o califa de Khorasan, fosse um monstro. Mas por trás de seus segredos, ela descobriu um homem amável, atormentado pela culpa e por uma terrível maldição, que agora pode mantê-los separados para sempre. Refugiada no deserto com sua família e seu antigo amor, Tariq, ela é quase uma prisioneira da lealdade que deve às pessoas que ama. Mas se recusa a ficar inerte e elabora um plano. Enquanto seu pai, Jahandar, continua a mexer com forças mágicas que ele ainda não entende, Sherazade tenta dominar a magia crescente dentro dela. Com a ajuda de um tapete velho e um jovem sábio e tempestuoso, ela concentrará todas as suas forças para quebrar a maldição e voltar a viver com seu verdadeiro amor.

Já quase no fim do primeiro livro, Khalid percebe que precisa se abrir para Sherazade e resolve contar o seu terrível segredo. A maldição que o segue e o faz ganhar terrível fama de monstro. Mesmo não querendo dividir esse fardo com a amada, não tinha mais como esconder tudo e Shazi percebe que seu califa é, também, uma pobre vítima de tudo. Quando o rei de Khorasam precisa fazer uma viagem e deixa Shazi no palácio, uma grande tempestade atinge tudo e causa uma gigante destruição. E tem o dedo do pai dea, Jahandar, no meio. Ele vem testando usar magias que estão além de seu entendimento e controle, o que está consumindo tudo de si.

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Jalal acaba mandando Sherazade ir embora do palácio junto de Tariq, pensando em sua segurança. Assim, Shazi parte com aquele que já foi seu amor e acaba em um acampamento, onde reencontra com sua amada irmã e onde acredita que seu pai pode se recuperar depois de tudo o que fez.

E Sherazade não poderia retornar até que encontrasse uma maneira de proteger o seu povo. Seu amado. Uma maneira de pôr fim à terrível maldição de Khalid.

Onde a jovem está, deveria fazer com que ela se sentisse abrigada e amada, mas não é isso que acontece. A verdade é que está se sentindo sozinha, ameaçada, além da saudade que sente do homem que ama. Mas, ela não vai medir esforços em tentar se manter segura, não revelar muita coisa para aqueles que o cercam e, principalmente, arrumar um jeito de voltar para Khalid e conseguir colocar um fim da maldição que o assombra.

E ela vai começar a aprender a lidar com algo que vem despertando em si há algum tempo: a magia. Para isso, Shazi vai contar com alguém do passado de Khalid, que quer fazer de tudo para ajudar o califa. E também conseguir ajudar o seu pai, que desde o fim do livro anterior, tem lidado com coisas que não pode controlar.

Era porque ambos eram as duas metades de uma só coisa. Ele não pertencia a ela. E ela não pertencia a ele. Ninguém pertencia a ninguém. Ambos eram um só.

Dessa vez, temos mais visões de Khalid, solitário em seu palácio, com o peso de tudo o que carrega. Enquanto sente saudades da mulher que ama, mas sabe que estar longe pode ser o melhor para ela, além do melhor para o seu povo. Tenta ajudar aqueles que precisam reconstruir seu lar e se sentir seguros de novo. Só que além do amor grandioso entre o Rei Khalid e sua Rainha Sherazade, temos uma trama política gigantesca por trás. Onde vamos ver como as pessoas que menos esperamos podem ter outra face, quanto o poder está ao alcance das mãos.

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Obviamente, preciso parar de falar da trama, porque como um livro que é a conclusão de uma história, ele tem muito spoiler. É uma sequência de acontecimentos que nos fazem querer ficar grudados no livro e descobrir o que vem a seguir, quem vai nos surpreender mais. Não pense que o mais secundário dos personagens deixa de ser importante. É impressionante mesmo, como a autora consegue colocar cada um como uma peça importante para os acontecimentos.

– Você deve saber que tem um humor abominável – ralhou Sherazade.
Menos que um sorriso apareceu nos lábios dele.
– Como o seu, minha rainha.
– Não estamos falando dos meus defeitos.

Novamente, preciso engrandecer a mulherona da p*rra que é a Sherazade. Se eu achava ela determinada no primeiro livro, agora ela ta em dobro. Ela precisa resolver os problemas que a cercam e ser feliz com aqueles que amam. Então, vai aprender a usar o dom que tem, vai utilizar os meios que for para proteger Khalid, mesmo que isso signifique arriscar a sua própria vida. Sem falar que tenta proteger a irmã mais nova e colocar juízo na cabeça do pai. Além disso tudo, ela não é de abaixar a cabeça, nem quando a situação não está favorável. Ela é a Rainha de Khorasan e é assim que ela se comporta.

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Khalid é o dono do coração da Shazi e do meu. Olha, ele é um querido e depois que a gente sabe sobre o porque dele matar as esposas, sobre a maldição, o nosso coração se aquece e queremos proteger ele também. Principalmente, porque percebemos que ele mesmo não tem essa fé de que tudo pode mudar. Seu desejo de proteger sua Rainha também é bem grande e ele não vai poupar esforços para sempre mantê-la protegida ao seu lado. Gosto muito de ver o lado doce que ele tem com ela e que vai dedicar a sua cunhada também.

– Chega! – Sherazade levantou a mão para o peito dele, afastando de suas objeções. – Aceite ajuda quando lhe é oferecida, Khalid jan. A verdadeira força não é a soberania. É reconhecer quando precisa de ajuda e ter a coragem de aceitá-la. 

Eu sigo apaixonada pela escrita da Renée, acredito que ela já entrou pro hall de autoras que vou comprar todos os livros. Ela tem uma fluidez em sua trama, nos envolve e nos faz querer descobrir tudo o que vai acontecer. Ela dá valor ao amor do casal principal? Claro, muito. Mas temos valor a amizade, família, superação, a todo a mitologia do deserto e suas fábulas, magia, aventura e ação. Acho que é um livro com chance de conquistar muitas pessoas. Assim como no primeiro volume, temos a narrativa em terceira pessoa, nos fazendo viajar pelas emoções de Shazi, Khalid e outros também.

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Vou fazer uma menção honrosa ao livros de Contos que existe. Não vou fazer uma resenha separada dele, porque ele é super pequenininho – literalmente falando, até -, mas ele é uma coisa pra dar uma aquecidinha no nosso coração. Os Contos tem como protagonistas Khalid e Despina.

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Na parte dele, vamos ver sua reação a chegada de Sherazade, com ele tentando entender ela e sofrendo com toda a situação que o casamento envolve. Além de mostrar também a sua reação em relação ao final de A Fúria e a Aurora. Já na parte de Despina, vamos ver seus anos anteriores a chegada de Shazi no palácio e qual o seu envolvimento com a antiga Rainha e também como nasceu seu envolvimento com Jalal.

O trabalho da GloboAlt continua bem lindo, com essa capa chamativa e linda, além de trazer letras e espaçamento confortáveis por dentro. Assim como o primeiro livro, temos um glossário nesse. O livro de Contos também segue essas qualidades.

E o amor? O amor era algo que podia mudar muito uma pessoa. Trazia tanto alegria como sofrimento, e trazia no seu bojo os momentos que definiam o caráter. O amor dava vida aos que não viviam. Era o maior poder de todos. No entanto, como em todas as coisas, o amor também tinha seu lado negro. 

A Rosa e a Adaga é o encerramento incrível e lindo de uma duologia cativante. Me ganharia com a premissa diferente de se passar no deserto, mas tem tanta coisa junto, que fez com que ganhasse um espacinho no meu coração. Me despeço de Khalid e Sherazde com saudade, muito amor e cinco Angélicas.

CLASSIFICAÇÃO 5 ANGÉLICAS

 

 

8 comentários em “Resenha ‘A Rosa e a Adaga – Renée Ahdieh’

  1. Acho fascinantes histórias árabes, toda a atmosfera que as envolve é exótica e intensa. Essa parece ser ótima, tem uma trama de amor envolvente e ainda sublinha outros temas como o amor e a amizade, dando voz a todos os personagens. É uma sequência que se fecha com chave de ouro, bela sugestão de leitura!

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  2. Oi Raíssa, tudo bem?

    Seu post me deixou com uma imensa vontade de ler essa duologia. Já tinha lido a resenha anterior e ficado com vontade e isto só aumentou com a resenha dessa conclusão.
    Gostei de saber que a personagem cresce e se mostra mais mulherão ainda, sendo bem determinada. Fiquei curiosa para saber qual é essa maldição e como ele lida com esse “fardo” em sua vida. O fato de ser uma leitura com surpresas apenas me faz desejá-la mais. Espero ler em breve e gostar tanto quanto você. Parabéns pela resenha, sensacional como sempre.

    Beijos!

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  3. Olá! Primeiramente, que saudade eu tava de entrar no teu blog. Tuas resenhas são maravilhosas! E segundamente, adorei essa! Cara, eu fiquei com medo de começar a ler e me deparar com vários e vários spoillers, mas não… Eu fiquei curiosa demais para conhecer mais dos protagonistas, e a forma que tu falou da relação de amizade, familia e afins, que são bem cuidados, me fez querer ler ainda mais.
    Para finalizar, que capa tão linda! Adorei a resenha, e quero esses livros ❤

    Beijos|| Utopia
    http://www.utopiavk.blogspot.com

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