Resenha: ‘Doce Lar – Tillie Cole’

Oiiii oi pessoas. Estou de volta e hoje trazendo o primeiro livro da série Sweet da autora Tillie Cole. A autora teve sua estreia no Brasil com o livro Mil Beijos de Garoto – temos resenha dele AQUI – o que acabou abrindo as portas e trazendo esta, que é considerada ​a série de maior sucesso da Tillie. Antes de saber o que achei de Doce Lar, confere a sinopse:

Aos vinte anos, Molly Shakespeare acha que já sabe de tudo. Ela leu Descartes e Kant. Ela estudou em Oxford. Ela sabe que as pessoas que te amam também te deixam. Mas quando Molly se muda da cinzenta Inglaterra para começar uma nova vida nos Estados Unidos, ela descobre que ainda tem muito a aprender. No Alabama os verões são mais quentes, as pessoas mais intimidantes e os alunos de sua nova escola muito mais viciados em futebol. Após conhecer o famoso quarterback Romeu Prince, Molly só consegue pensar em seus olhos castanhos, cabelos loiros, físico perfeito… e em como sua vida tranquila e solitária parece estar a ponto de mudar drasticamente.

Molly é uma universitária de 20 anos que acabou de se mudar da Inglaterra, onde morou toda a vida, para os Estados Unidos. Ela, sendo um verdadeiro gênio desde pequena, sempre foi adiantada na escola e acabou entrando mais cedo na universidade. Para continuar sendo assistente de pesquisa da professora Ross, que ela já conhece há alguns anos, ela se muda para fazer seu mestrado em filosofia na Universidade do Alabama.

Logo no primeiro dia de aula, Molly conhece Romeo, um cara que a ajuda em um pequeno contratempo no corredor. Eles tem uma troca espirituosa e logo que Molly entra na aula de filosofia, na qual ela também será uma assistente da professora Ross, descobre que o cara interessante é seu colega de turma. Molly com seu jeito nerd, acaba despertando o interesse de Romeo que revela ter pensamentos semelhantes ao seus. Mas também atrai a atenção desagradável de Shelly, uma garota fútil e totalmente cretina, que dá a entender ser bem próxima de Romeo.

Quando Molly é praticamente obrigada a ir a uma festa de fraternidade, por suas colegas de quarto Cass e Lexi, para ter sua iniciação em uma irmandade, ela não imaginava acabar se encontrando com Romeo. A iniciação consistia em beijar um cara estando vendada e advinhem quem foi que Molly beijou?… pois é rs. Eu acho este episódio mega divertido e também conseguimos sentir a real tensão sexual entre os dois e o quanto Romeo realmente se interessou por ela.

“Você, Kate Middleton, acabou de beijar o príncipe William da Universidade do Alabama e possivelmente de todo o futebol americano universitário.”

Molly passou por várias perdas em sua vida. Sua mãe morreu em seu parto, seu pai morreu quando ela tinha 6 anos e perdeu a avó aos 14 anos. Um baque pior que o outro. Viveu em lares temporários depois disso, e mesmo com os amigos da faculdade e a ajuda da professora Ross, ela está por conta própria desde então e tem sido difícil para ela.

Romeo é o famoso quarterback do time do Alabama e o típico cara rico e bonito que todas as garotas desejam. Sua família é controladora, especialmente sua mãe, daquelas que traçam todo o futuro do filho como se ele não tivesse direito a suas próprias escolhas. O pai de Romeo é sócio do pai de Shelly e planeja o casamento dos dois para salvar os investimentos e manter o dinheiro na família. Ele odeia ter a vida ditada pelos pais.

Um dia eu vou sair deste lugar. Um dia eu vou ser eu mesmo. Um dia… eu vou fazer o que eu quero.”

Desde que conheceu Molly, o que Romeo mais gostou foi o fato de ela não entender nada sobre futebol e não ligar por ele ser Romeo ‘Canhão’ Prince. Ela só se interessa por quem ele é de verdade. Isso fica claro para Romeo em um momento de desabafos que compartilham e vão se sentir conectados de uma forma surpreendente para eles, o que acaba os aproximando. As coisas só esquentaram cada vez mais entre eles a partir daí e mesmo Molly tentando negar e fugir disso, Romeo é persistente e ela acaba sedendo ao desejo dos dois.

Mas este relacionamento não vai ser nada fácil. Veja bem, além de todo o preconceito de alguns alunos e Shelly sendo uma vaca e querendo Romeo para si, temos os pais dele – sua mãe especificamente – que não vão deixar que Romeo se desvie dos planos que eles tem para ele. Seus pais não são nada agradáveis como já podem imaginar. O pai é agressivo e a mãe uma verdadeira cobra.

Apesar de tudo isso ficar bem claro para Molly assim que os conhece, Romeo ainda esconde verdades sobre sua família que a intriga, mas ela respeita o tempo que Rome lhe pede e tudo fará sentido assim que ele finalmente contar toda a verdade à ela. Nós fazemos essa descoberta junto com Molly e isso me ajudou de certa forma a compreender melhor nosso quarterback. Como se não bastasse tuuudo isso, eles ainda vão ter uma pequena surpresa no caminho que vai fazer com que eles tenham que ser fortes e amadurecer.

Eu vou parar por aqui com o lado da trama e falar um pouquinho dos personagens, começando por Romeo. Ele é extremamente autoritário. Isso me irritou em vários momentos e eu fiquei atenta para um possível relacionamento abusivo, pois Molly é muito passiva. Cheguei a conclusão que não é este tipo de relacionamento. Isso não quer dizer que eu aprovo alguns comportamentos de Romeo. Muito pelo contrário. Mas como eu disse, quando tomamos conhecimento de toda a sua história e no desenrolar da trama a partir daí, todo seu amadurecimento e sua forma de tratar Molly, eu me convenci de que ele não era uma má pessoa e muito menos, abusivo. Ele é carinhoso e atencioso e é o que mais demonstra seus sentimentos.

Molly como eu disse é muito passiva. Ela, em vários momentos, acata as vontades de Romeo. Ela não chega a fazer nada que de fato ela não quisesse, como se fosse obrigada, nada disso, mas acredito que lhe faltou mais posicionamento. Isso me frustrou um pouco. Mas a questão do amadurecimento acontece com ela também e podemos ver que esta ‘submissão’ é de sua personalidade. Ela acaba sempre cedendo até com suas amigas. Ela é até um pouco sem sal pro meu gosto rs mas no final acabou me ganhando.

Cass e Lexi são colegas de quarto de Molly e viraram suas amigas próximas. Cass é uma texana espontânea e muito dos momentos cômicos é por conta dela. Lexi é uma líder de torcida e também bem divertida. O time fica completo com Ally, prima de Romeo, que é um amor de pessoa e coloca Molly sob sua asa. Acho que nem preciso dizer que detesto a família de Romeo e nem vou comentar sobre Shelly. Oliver, ex-namorado de Molly, tem uma pequena, porém importante, participação e eu gostei bastante do momento em que ele aparece. Não posso deixar de citar professora Ross, que é bem próxima de Molly e assim que soube que ela não tinha família a acolheu em sua vida.

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Doce Lar é a tradução literal do título original. A capa é muito harmoniosa com a história mas quase que não foi assim. A primeira capa apresentada não agradou em nada e a editora muito atenciosa, ouviu seus leitores e mudou pra atual. Obrigada por isso! O livro é em primeira pessoa no ponto de vista de Molly. A diagramação é simples, mas do jeito que a gente gosta, com folhas amareladas e fonte e espaçamento confortável para uma leitura agradável.

Eu não vou me estender mais, prometo rs. Só preciso dizer que considerando um bocado de coisas, eu gostei da história. Alguns personagens secundários, juntamente com vários momentos fofos e emocionantes pesaram bastante. Mas muita coisa também me incomodou. Não posso me aprofundar muito pra não entregar nada, mas não concordei com algumas decisões que foram tomadas e o desfecho do drama foi muito raso. Apesar disso, eu adoro a escrita da Tillie e com este livro não foi diferente e isso foi um ponto positivo.

“Lar é estar com a outra metade de sua alma, com a pessoa que compartilha seu pesar e te ajuda a levar o peso da perda. O lar está na pessoa que, apesar de todas as coisas, nunca desiste de você e te traz felicidade eterna.”

Se você quer uma história rápida, com certa dose de drama, cheia de clichês – que não deixam de ser bem escritos – vale a pena conhecer esta história. Tillie sabe construir uma história que te envolve e faz você enxergar todas as perspectivas. Eu vou dar minha nota baseado em todas as razões que citei acima e que eu não consegui ignorar. Então, deixo 3 Angélicas.CLASSIFICAÇÃO 3ANGÉLICAS

 

 

 

14 comentários em “Resenha: ‘Doce Lar – Tillie Cole’

  1. Que legal sua dica eu adoro livros desse genero, é bem legal no começo parece que está tudo bem, parece até ser bem cliche, mas no final tudo muda ela achando que já sabia de tudo até alguém chegar em sua vida.
    Que bom que o livro te satisfez, bjs.

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  2. Eu acho que o tipo de história que pode agradar os que apreciam tramas leves e joviais. Pela resenha percebo que apesar da trama ter algumas deficiências, seus pontos positivos prevalecem resultando em um bom livro.

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  3. Gostei da sua resenha, mas esse não é um livro que eu leria. Aparentemente, o fato da protagonista estar fazendo Mestrado, me fez imaginar ser um new adult, mas com a sua descrição da narrativa está mais para aqueles young adults bem clichês… O fato do par romântico da protagonista ser um cara autoritário e ela, uma pessoa passiva, também me decepcionou bastante…

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  4. Menina,
    eu sempre adoro filmes e livros que levam a troca de lugar! Que te dão uma transcrição e, do nada, o cenário muda totalmente! Como o Alabama, no caso! Entretanto, isso é muito difícil de fazer, pois já foi tão explorado (quase toda comédia romantica da década de 90 fez) que pode cair para o clichê…
    E a vida da Molly tb me parece um pouco clichê… Não que clichê seja ruim! Mas, se for d+, fica muito previsível.
    Poxa, uma pena, achei que as 3 menininhas foram bem dadas.
    Agora, como sempre, que resenha e que fotos! Se eu fosse modelo, pediria um book pra vcs!
    Bjo e amei.

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  5. Achei interessante a resenha. Gostei de como estruturou. Mas não creio que leria o livro, pois não faz muito meu estilo e eu infelizmente não tenho muito tempo.

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  6. Olá, tudo bem? Confesso que dei uma lida por cima na resenha por estar lendo esse livro no momento e fiquei com receio de pegar spoilers, sou daquelas qus mal lê a sinopse e acaba comprando o livro pela capa ou pelo autor!

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  7. Oi, tudo bem?

    Já tinha visto varias indicações deste livro antes, mas nunca havia parado para ler. Por isso sua resenha foi uma grata surpresa, pois achei ela super válida e sincera. Gostei dos quotes ressaltados e do seu ponto de vista.

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  8. Normalmente eu devoro livros de romance e amo um bom cliche, mas nesse em especial eu emperrei.. li com muito custo até a página 199 e sinceramente não estou com a mínima curiosidade de saber o resto da história. A narrativa é ok, mas alguns diálogos acho forçados (detesto as amigas se chamando de “amore”), acho q ela perde muito tempo descrevendo dramas bobos e inuteis para a história quando claramente poderia se empenhar mais em desenvolver assuntos mais sérios.. não suporto o Rome, ele é desmedidamente autoritário e acho um absurdo isso dele exigir que ela o obedeça 100% das vezes.. e mais absurdo ainda a Molly aceitar isso como se fosse normal e justificado! eles não estão em um relacionamento saudável e não parece que as coisas vão mudar até o final do livro.. estou bem decepcionada

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