Crítica da Série: ‘Girlboss – 1ª Temporada’

Na última sexta-feira, 21, estreou ‘Girlboss’. Mais uma série Original Netflix e que tem a atriz Charlize Theron assinando a produção da série. A história é inspirada no livro de mesmo nome e escrito por Sophia Amoruso, uma menina que saiu do lixo direto para o luxo ao criar a loja virtual Nasty Gal e se tornar milionária.

Antes de cada episódio temos a seguinte mensagem: “A seguir, uma releitura livre de eventos verdadeiros. Muito livre.”, o que nos dar a entender que muita coisa pode e foi modificada. Assistam ao trailer antes de prosseguirmos…

Como nesse blog nós somos apaixonadas por playlists, sempre que possível vamos falar nas críticas de séries e filmes sobre elas. A playlist de ‘Girlboss’ está incrível. Várias músicas das décadas passadas. Uma delas até inspirou o nome da marca de Sophia. Aperta o play e vem comigo saber mais sobre essa série.

Como eu disse logo no início, a série é uma adaptação do livro autobiográfico da empreendedora Sophia (Britt Robertson). Ela é uma menina cheia de estilo e que não consegue parar em emprego nenhum. Ela odeia a ideia do esteriótipo de ser uma adulta para assumir responsabilidades e isso fica muito claro pela forma que ela vê a vida. Ao começar a vender roupas na internet, ela uniu o amor pela moda com a ajuda financeira que ela precisava para se manter sozinha como uma adulta independente.

No decorrer da história vamos vendo uma personalidade que vai de ser super engraçada à totalmente desonesta. Isso mesmo, ela usa de várias artimanhas para conseguir as coisas. Em pelo menos dois momentos vemos a personagem roubando o que precisava. Ela em vários momentos foi grosseira e egoísta com pessoas próximas à ela. A melhor amiga dela, Anne (Ellie Reed) é uma verdadeira figura além de ser uma amiga super fiel. Ela ajuda Sophia desde o início de suas vendas no eBay, mas também é vítima do egoísmo de Sophia em dois momentos decisivos na história da marca e na vida da nossa protagonista.

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A história se passa na década passada, então temos vários momentos para recordar. Tem um episódio onde os personagens estão todos reunidos para assistir ao último episódio da 3ª temporada de The O.C. Quem não ficou também né? E até citam como o momento mais marcante da década. Quem assistiu a série sabe do que eu estou falando rs Temos também um episódio que faz referência as antigas salas de bate-papo online que foi hilário, com destaque para o personagem interpretado pela atriz Melanie Lynskey.

Outro ponto positivo sobre a série é que a história se passa em São Francisco e os produtores exploraram a cidade. Os episódios sempre mostram vários cartões postais. Além disso temos figurinos incríveis. Não poderia ser diferente por se tratar de uma série com o tema moda como protagonista, certo? Sophia está sempre impecavelmente vestida com peças vintage e por isso decide vender esse tipo de roupa. O trabalho de direção, figurino, fotografia e trilha são realmente maravilhosos.

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Girlboss tem a pegada dos sitcons que tanto amamos com episódios com cerca de 30 minutos cada. A série só tem 13 episódios. Sophia é detestável em tantos momentos, mas a produção da série soube onde colocar pitadas de drama para que o telespectador pudesse sentir um pouco mais de empatia pela personagem. O problema é que quando isso acontecia, eu sempre me preparava para o que ela aprontaria a seguir. Vários personagens secundários roubam a cena fazendo com que a história se torne mais engraçada.

Eu esperava gostar mais dessa série. Numa conversa com a outra colaboradora aqui do blog, nós discutimos como pode uma menina egoísta e tão politicamente incorreta ter construído um império. Nós reconhecemos que a visão de moda dela e de empreendedorismo são inquestionáveis, mas a Nasty Gal só cresceu tanto porque muitas pessoas a ajudaram. Ela não fez tudo sozinha como inicialmente pareceu que seria.

Eu acreditava que até o final poderia simpatizar mais com a personagem, mas isso não aconteceu. Ela tenta justificar seus erros, mas sempre acaba cometendo tudo novamente e as vezes em proporções maiores. Eu sei, somos humanas, estamos fadados a errar, mas ela em vários momentos abusou do direito de errar. Eu indico a série por tantos motivos, mas não pela personagem principal. Pelo menos a mim, Sophia não me conquistou. A série terá uma segunda temporada, eu espero sinceramente que Sophia cresça, que finalmente entenda que para conseguir as coisas não precisa passar por cima de outras pessoas.

Como disse a outra colaboradora do blog, não assistam Girlboss porque é furada. Eu diria, assistam pela ótima fotografia. Assistam pela playlist incrível. Assistam para ver figurinos maravilhosos. Mas não assistam acreditando que Sophia é um modelo a seguir. Ela foi inteligentíssima como profissional e realmente se tornou milionária, mas ela não é uma pessoa que a gente sente empatia.

 

 

 

2 comentários em “Crítica da Série: ‘Girlboss – 1ª Temporada’

  1. Olá, vi o trailer e fiquei aqui pensando em como a Sophia é inteligente.
    Mas quando comecei a ler a resenha, vi que ela possui muitos defeitos.
    Acho que muitas pessoas que crescem profissionalmente, infelizmente passam por cima até de quem sempre esteve do lado.
    Li um comentário sobre essa série recentemente , mas imaginei que a personagem fosse apenas rebelde.
    Errei feio!!!!
    Ela não se importa com nada para alcançar seus objetivos.
    E como nos contou,ela não é um modelo para se seguir.Acho que a série é para quem gosta desse mundo da moda. 😉

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